O fato de sermos advogadas feministas não nos tira a condição de humanas. É importante pontuar: não somos super-heroínas.

Por aqui muito se fala sobre a sororidade, união, cuidado e empatia ao mencionarmos a advocacia feminista. No entanto, é imprescindível ressaltarmos que nós, advogadas para mulheres, lidamos com outras mulheres, vítimas de violência de gênero em âmbito familiar e por vezes institucional.

Mulheres que foram revitimizadas pelo Poder Judiciário. Nesse sentido, em coerência com o que têm vivido e passado, algumas dessas mulheres refletem toda essa violência, reproduzindo a desumanização da nossa condição de mulher advogada, desqualificando ou questionando nossos compromissos principalmente com o feminismo, às vezes por apenas não ter retornado em seu tempo e hora, por não trazer as respostas que esperava do Judiciário ou por agir com estratégia processual.

Reiteradamente somos vítimas dentro do nosso próprio contexto. É claro que é desanimador, pois aqui sofremos, lutamos, insistimos, perdemos noites de sono criando estratégias para cada caso. No entanto, ser uma advogada feminista não nos obriga a assumir todas as causas que nos chegam, ser uma advogada feminista não nos obriga a estar disponíveis para atender desejos e necessidades de algumas mulheres ignorando o fato de que temos também compromissos assumidos junto a outras mulheres, nossas clientes. Ser uma advogada feminista não nos retira a nossa condição de humanas também.

Seguimos com responsabilidade de cuidado, zelo, carinho e empatia com inúmeras demandas de mulheres e seus filhos e filhas, afinal, o feminismo diz menos sobre um indivíduo e mais sobre coletividade.

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